Em tempos foi uma arte que existiu no Vale do Bestança e teve o seu lugar de destaque, mas hoje em dia é uma arte que caiu em desuso.
Cada produto tinha funcionalidades diferentes. Eram feitos cestos para as vindimas, cestas para a apanha das uvas e gigas para os mais diversos fins. Nos tempos atuais as vasilhas de plástico arruinaram este trabalho manual.
O cesteiro fazia a compra das varas de madeira de castanho, zangarinheiro e o lodo, por fim comprava a austrália que utilizava como pau grosso para a costelaria (fundo da peça ou vasilha e alguns elos das partes laterais).
As ferramentas utilizadas para a concretização do artigo eram poucas: cutelo, fouce, bernardo, tropeço e a navalha para limpara a obra.
Os cesteiros costumavam fazer as feiras de Nespereira e Cinfães.
O cesteiro trabalhava em casa, mas muitas eram as vezes que se deslocava para casa dos clientes mais abastados que lhe dava o sustento e lhe pagava para consertar os cestos e cestas principalmente, na época que antecedia as vindimas, lá permanecia durante semanas, quando as freguesias eram distantes da sua e as caminhadas eram longas e penosas para realizar todos os dias.