A palha é a matéria prima, encontra-se nas encostas do Montemuro. Nestas leiras amanhavam a terra, semeavam e tratavam do centeio ao mesmo tempo que pastoreavam o gado que se espalhava pela serra.
A malhado produto era realizada na “Eira das Pardelhas”, esta, é situada na vertente montemurana defronte da aldeia de Alhões. Neste local juntavam-se as chapeleiras para adquirir os molhos de palha de centeio, após o negócio, os molhos traziam-se para casa à cabeça.
O centeio era malhado em molhos amarrados pela nagalheira por homens a soldo do dono dos alqueives que utilizavam o mangual para a realização do trabalho.
Porém, havia, e ainda há, outro tipo de aquisição de palha: semeada nas veigas e comprada ao lavrador, esta palha é cortada antes da espiga ter germinado o grão. É cortada por alturas de maio.
Antes de começar o processo para efetuar os vários produtos é necessário a separação da palha, ou seja, a mais fina da mais grossa.
Antes de entrançar, a palha é molhada num balde com água.
A trança é feita, geralmente, com três palheiras.
A venda da obra executada era feita nas feiras de dentro e fora do concelho.
Transportavam o produto do seu trabalho à cabeça e deslocavam-se a pé até ao local onde era realizada a venda.
Devido aos penosos Invernos de neve, haviam feiras que ficavam por fazer.
No dia antes das feiras faziam-se os últimos preparativos.
O dinheiro ganho nas vendas servia para auxiliar no sustento da casa.
Hoje em dia, alguns trabalhos de artesanato são vendidos na loja interativa de Cinfães ou no Museu Serpa Pinto e esporadicamente, quem pede alguma encomenda.